Bancários programam paralisação esta sexta no Estado

Na última quarta (8), categoria deflagrou estado de greve / Foto: Cortesia


“A Fenaban ofereceu apenas a inflação, que deve ficar em torno de 3,8% de reajuste e não tratou das outras questões. Foram encaminhados 72 itens dentro da negociação da campanha salarial. A categoria perdeu 41 mil postos de trabalho, em todo o Brasil, entre 2016 e 2018”, afirma a presidente do Sindicato dos Bancários de Pernambuco, Suzeneide Rodrigues.
As mobilizações no Recife também fazem parte da programação do Dia Nacional do Basta, organizado por centrais sindicais. Na pauta do protesto, estão a política de preços da Petrobras, aumento do gás de cozinha e a liberdade do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, além da revogação da Reforma Trabalhista.
Para convocar a categoria a realizar a paralisação, diretores do Sindicato dos Bancários vão percorrer 20 agências nas Avenidas Conde da Boa Vista e Guararapes, no Centro do Recife.
No próximo dia 17, haverá uma nova rodada de negociações com a Fenaban. “Se o movimento nacional não chegar a um acordo, poderá ser deflagrada uma greve por tempo indeterminado”, diz Suzineide Rodrigues.

FENABAN

Procurada, a Fenaban informou que apresentou proposta de repor a inflação e de oferecer participação nos lucros e resultados dos bancos. “Só o pagamento da participação em lucros e resultados aos bancários representaria um impacto na economia de R$ 3,6 bilhões no último quadrimestre do ano. Esse montante mais que dobra e sobe para R$ 8,2 bilhões, com o reajuste da massa salarial e com a manutenção de itens que não são previstos em lei e resultam de negociações coletivas anteriores, tais como os reajustes dos vales refeição e alimentação, do auxílio creche, gratificações de função e de caixa, e outras verbas relacionadas à função”, comenta a instituição em nota.
A Fenaban diz, ainda, que iniciou a negociação em junho, dois meses antes da data-base da categoria (1º de setembro), para permitir “o amplo diálogo”.

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