Corpo de pernambucana morta na Nicarágua é liberado pelo IML

Foto: Facebook/Reprodução


O corpo da pernambucana Raynéia Gabrielle Lima, 30 anos, foi liberado nesta quinta-feira (26) pelo Instituto de Medicina Legal de Manágua, na Nicarágua. Com a liberação provisória já é permitido que o traslado do corpo da jovem seja feito. Ainda não há data definida para chegada do corpo na capital pernambucana, mas segundo o secretário de Justiça e Direitos Humanos, Pedro Eurico, será "o mais breve possível". O governo de Pernambuco arcará com todos os custos do processo de traslado.

Apenas uma empresa funerária faz embalsamento e transporte de repatriação de cadáver, a Monte de los Olivos. Por apenas uma empresa da Manágua fazer este serviço não haverá a necessidade de um processo licitatório para trazer o corpo. A Monte de los Olivos fará o embalsamento e encaminhamento à companhia aérea que fará o traslado, que será a Copa Airlines. O voo terá como destino Managuá/Panamá e logo depois Panamá/Recife.


Assim que o corpo da pernambucana chegar no Recife será encaminhado para o cemitério para o sepultamento, que será pago pela família. Segundo o secretário, a cerimônia será realizada no Cemitério Morada da Paz.


Representação
O governo de Pernambuco revelou ainda que será feita uma representação encaminhada à corte interamericana de Direitos Humanos, com sede em San José, na Costa Rica. A intenção do documento é de fazer uma apuração internacional do caso, já que o governo de Pernambuco "não confia na apuração da Nicarágua, que vive em uma ditadura constitucional".

"Nós que somos democráticos não podemos aceitar que um cidadão brasileiro, uma pernambucana, seja, literalmente, assassinada por motivação de natureza presumivelmente de ordem política", disse o secretário. Ele comentou ainda que o governo exige uma apuração de causa mortis.


De acordo com Pedro Eurico, a corte interamericana de direitos humanos, uma vez recebendo a representação, tem 90 dias para dar início ao procedimento. Porém, Pedro Eurico acredita que esse prazo será menor diante da repercussão internacional do caso.

Sonho interrompido

Raynéia voltava para casa, em seu carro, depois de mais um dia de plantão como residente de medicina no Hospital Carlos Roberto Huembes da Polícia Nacional do país, quando teve o carro alvejado por tiros. Raynéia havia terminado a faculdade em dezembro e atuava como residente na Nicarágua. Ela pretendia voltar ao Brasil em março de 2019.

Em entrevista, a mãe da residente pediu por um enterro digno para a única filha. A mãe da vítima também é da área de saúde. A enfermeira aposentada Maria José da Costa, 55 anos, conversou com o Diario sobre o ocorrido com a filha.

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